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Relatório
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Enquadramento geral
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No Boletim Económico de
outubro de 2020, o Banco de Portugal (BdP) refere que "A epidemia
do novo coronavírus, que se iniciou na China no final de 2019,
alastrou durante os primeiros meses de 2020 e transformou-se rapidamente
numa pandemia. A economia mundial sofreu um choque exógeno negativo,
sem precedentes em termos de magnitude e sincronização.
Este choque distingue-se de crises económicas anteriores por ter
tido origem num fator exógeno à economia e por ter afetado de
forma direta e abrupta a generalidade dos países. A pandemia e
as medidas de contenção adotadas pelos vários governos originaram
em simultâneo uma queda acentuada da procura e da oferta. Neste
contexto, o PIB mundial registou uma redução no primeiro trimestre,
que se acentuou no segundo (1,6% e 8,7%, em taxa de variação homóloga,
respetivamente).
A resposta da política económica foi mais célere e de maior magnitude
e abrangência do que no passado. Com o objetivo de conter os efeitos
negativos sobre a situação financeira das famílias, das empresas
e do sistema financeiro, bem como criar as condições para uma
mais rápida recuperação, foram implementadas num curto espaço
de tempo várias medidas de política monetária, orçamental, prudencial
e de supervisão. Na União Europeia (UE), as medidas nacionais
foram complementadas por ações concertadas, num esforço de cooperação
sem precedente.
A combinação de diferentes instrumentos de política económica
revelou-se importante para responder ao choque pandémico. Em Portugal
foram criadas linhas de crédito com garantia pública, desenhadas
com o objetivo de evitar a falência de empresas viáveis antes
da pandemia, e a consequente destruição de capital e emprego,
permitindo assim uma recuperação mais sustentada.
A política orçamental centrou-se principalmente do lado da despesa,
com apoios ao rendimento do trabalho e à manutenção do emprego,
assim como um aumento de prestações sociais. De entre estas medidas,
destaca-se o regime de layoff simplificado pela sua importância
na preservação do emprego e na redução das necessidades de liquidez
das empresas. O pacote de estímulos implementado pelo governo
português representa um esforço orçamental substancial (2,7% do
PIB em 2020).
O PIB, que crescia em Portugal desde 2014, registou uma contração
em cadeia de 3,9% e de 13,9% no primeiro e segundo trimestres
de 2020, respetivamente. A redução acumulada nos dois trimestres
foi maior do que a observada na área do euro (-17,2%, face a -15,1%).
Esta evolução traduz uma quebra sem precedentes da atividade num
curto espaço de tempo. A contração foi particularmente acentuada
a partir de meados de março, com a imposição de medidas de contenção
da disseminação da doença em vários países. A partir de maio,
com a flexibilização destas medidas e o impacto das medidas de
política económica, assistiu-se a uma recuperação gradual. No
final do primeiro semestre, na maior parte dos setores, a atividade
permanecia ainda bastante inferior ao período pré-pandemia.
A contração foi generalizada às grandes componentes da despesa.
O consumo privado registou uma redução maior do que em recessões
passadas, com uma forte queda do consumo corrente não alimentar
(10,2% em termos homólogos no primeiro semestre, face a uma queda
de 7,9% no consumo privado total). A despesa em bens duradouros
registou também uma queda muito significativa (16,1% em termos
homólogos no primeiro semestre) como habitualmente acontece em
períodos de incerteza e de redução do rendimento das famílias.
Os constrangimentos sobre a atividade produtiva, a incerteza quanto
às perspetivas de recuperação em Portugal e nos principais parceiros
comerciais, assim como as perturbações nas cadeias de valor global
contribuíram para uma redução do investimento de 6,4% na primeira
metade do ano.
As perspetivas económicas estão muito dependentes da evolução
da pandemia. As consequências desta crise sobre o endividamento
do setor público e privado, a redução do emprego e o aumento do
risco de crédito colocam desafios ao crescimento da economia nos
próximos anos. As decisões de consumo e investimento nos próximos
semestres são determinantes para responder ao desafio de uma economia
no global mais endividada. As políticas devem contribuir para
que a retoma do investimento atenue estes efeitos e promova uma
correta afetação de recursos entre os setores de atividade."
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O Orçamento
Municipal
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O Plano Estratégico "Famalicão
Visão'25" enuncia as seguintes finalidades estratégicas para o
desenvolvimento de Vila Nova de Famalicão:
EMPRESAS
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Ser empreendedor na aplicação de soluções
de futuro.
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TERRITÓRIO
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Ser um território biodiverso.
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PESSOAS
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Ser uma comunidade de excelência
e um laboratório de inovação social.
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GOVERNANÇA
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Ser um modelo de governança e governação
amigável.
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O Plano Estratégico "Famalicão Visão'25" assume-se como instrumento
de referência para as diversas políticas públicas municipais,
o que implica o alinhamento dos demais documentos de orientação
política e enquadramento estratégico e em especial das Grandes
Opções do Plano.
Em 2021, a implementação das políticas públicas municipais terá
necessariamente em conta a evolução do impacto da pandemia de
COVID-19.
Os princípios do rigor, prudência, transparência e equidade
intergeracional continuam a ser os pilares da política orçamental
do município.
Para 2021, o orçamento do município é de 136.546.039,17€.
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Quadro 1 - estrutura Orçamento 2021
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O regime financeiro das
autarquias locais (Lei 73/2013, de 3 de setembro), prevê, para
efeitos do equilíbrio orçamental, que a receita corrente bruta
cobrada deve ser pelo menos igual à despesa corrente acrescida
das amortizações médias dos empréstimos de médio e longo prazos.
O superativ corrente previsto no orçamento para 2021 é de 8.359.196€,
ao qual deduzindo as amortizações médias de empréstimos no total
de 3.458.502€, origina um saldo de "poupança corrente" no montante
de 4.900.694€, estando deste modo cumprido o princípio do equilíbrio
orçamental.
A elaboração do Orçamento para 2021 assentou nos princípios e
nas regras previsionais estabelecidas no DL nº 54-A/99, de 22
de fevereiro.
As rubricas de "Impostos Diretos" e "Taxas, Multas e Outras Penalidades"
foram orçamentadas pela média dos últimos 24 meses.
Nas Transferências do Estado, os valores da participação do Município
nos impostos do Estado (Fundo de Equilíbrio Financeiro, Fundo
Social Municipal, IRS, art.º 35.º, n.º 3 da Lei n.º 73/2013 e
IVA) correspondem aos valores que vigoram para o ano de 2020.
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Figura 1 - distribuição da Despesa por
rubricas - 2021
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A aquisição de bens de capital no montante de 46.294.874,00€
encontram-se desagregadas no Plano Plurianual de Investimentos
(PPI).
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Considerações
finais
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Nos anexos I e II são
apresentados os compromissos plurianuais registados e as responsabilidades
contingentes.
O anexo III corresponde ao mapa das entidades participadas pelo
município, à data de 17 de novembro de 2020.
Importa referir a inaplicabilidade da norma constante do artigo
44º da Lei 73/2013, de 3 de setembro, por falta de regulamentação
publicada.
Contudo, e apesar dessa inaplicabilidade, o município apresenta
um QPPO (Quadro Plurianual de Programação Orçamental) com os totais
de receita e de despesa previstos para o horizonte temporal 2021-2025.
Para 2021 os valores das taxas e outras receitas municipais, contempladas
no Código Regulamentar de Taxas Municipais, não sofrerão qualquer
atualização. |
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Anexo I - Compromissos Plurianuais |
Anexo II - Responsabilidades Contingentes |
Anexo III - Entidades Participadas |
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