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Famalicão ficou a conhecer melhor o Solar de Pouve

30-01-2014
Foram muitos os que, no passado domingo, dia 26 de janeiro, ficaram a conhecer melhor o Solar de Pouve, na freguesia de Lagoa, um imóvel pluricentenário e referenciado na obra “O Senhor do Paço de Ninães” da autoria de Camilo Castelo Branco. Ninguém deu por perdido o tempo que dispensou para, naquela tarde domingueira, participar em mais um evento organizado pelo projeto “Viver Vila Nova de Famalicão”, promovido pela Câmara Municipal, e contactar com aquele espaço e ficar a conhecer a história e as estórias que giram em torno do solar.

Concentrados num dos espaços do solar, todos assistiram à bela encenação da peça “Maria Moisés”, pelo Grutaca - Grupo de Teatro Amador Camiliano. No final, todos deram por bem empregue o tempo e prometeram voltar ao mesmo local, logo que exista a possibilidade de aí se realizar outro evento.

Recorde-se que o projeto “Viver Vila Nova de Famalicão” apresenta-se, periodicamente, propondo um conjunto diversificado de iniciativas culturais que se concretizam em espaços e lugares de referência histórica e social do concelho de Vila Nova de Famalicão.
Nesta dinâmica é privilegiado o envolvimento de parceiros locais na produção e execução de eventos, nas áreas da música, do teatro, passando pelas diferentes artes visuais e performativas. Com esta iniciativa, o público poderá usufruir de espaços de referência (privados e públicos) em contextos alternativos, com propostas propositadamente criadas no âmbito deste projeto.

De acordo com os registos disponíveis, o Solar de Pouve apresenta-se como um imóvel com capela, de construção em cantaria, de rés-do-chão, andar e torre ameada, com janelas em cruz. Não se sabe ao certo quando foi construído. Encontra-se bastante alterado relativamente ao que teria sido o primitivo edifício. Segundo um documento datado de 1586, levantava-se uma grande torre, com as maiores fachadas voltadas a sul e a norte, medindo 17 metros de comprido, por 8,80 metros de largura.

Foi cabeça do Morgadio instituído por João Esteves, pelo que é de admitir que as suas origens remontem a muito antes de 1453, ano da referida instituição.
No brasão que atualmente encima o portão, estão indicados dois ramos da família. Um é o dos Aldanas, representado por cinco flores de Liz e o dos Pereira representado por uma cruz floretada e vazia.
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