Agenda Municipal / Teatro Anónimo não é nome de mulher
Casa das Artes | Grande auditório – 21h30
Entrada: 6 euros. Estudantes, Cartão Quadrilátero Cultural e Seniores (a partir dos 65 anos): 3 euros | Classificação: M/16 | Duração: 70 min
Regimes opressores forçaram o internamento de mulheres em hospícios. Dadas como loucas por desafiarem as normas, eram presas, torturadas, esquecidas. Milhares morreram. Partindo dessas vidas reais, Anónimo não é nome de mulher resgata histórias silenciadas e confronta-nos com resquícios de um tempo não muito longínquo. No hospício de Santa Teresa, duas mulheres internadas debatem-se com as suas dores, dúvidas e sonhos em cacos. Uma trabalhadora testemunha o impensável e questiona o seu papel. Uma mãe espera. Uma médica reduz pacientes a números. Uma autarca zela pela “máquina” oleada do regime. Naquele lugar desumanizado, surge, no entanto, esperança: poderá a bondade vencer a opressão? Enquanto estas vidas se enovelam, outra mulher narra a sua história. Amor e violência, loucura e verdade, fama e solidão, violência e feminismo. A História aqui tão perto, perigosamente perto. Por dentro de nós.
Ficha Artística
Texto: Mariana Correia Pinto
Encenação: António Durães
Assistente de encenação: Joaquim Gama
Interpretação: Luísa Pinto e Maria Quintelas
Composição musical e interpretação: Cristina Bacelar
Espaço cénico: António Durães
Figurinos: Criação coletiva
Luz: Francisco Alves
Fotografia de Cena: Paulo Pimenta
Apoio à produção: Constança Antunes e Carla Gomes
Coprodução: Narrativensaio-AC a Casa Das artes de Famalicão e SP- Escola de Teatro (Brasil)
Apoio: Mira Forum e Centro de Estudos Arnaldo Araújo/ESAP, FCT.
Nota
Apresentação de “teaser” de EU QUERIA SER TUDO, um documentário de Luísa Pinto, incluindo uma conversa em torno do projeto, também na relação com a peça Anónimo Não é Nome de Mulher.
Sábado 7 | Pequeno Auditório - 17h30
A entrada é livre, até à lotação da sala
"EU QUERIA SER TUDO" é um documentário que parte de factos históricos que ocorreram no Hospital Colónia de Barbacena, no Brasil. Um hospício que foi marcado por inúmeras violações dos direitos humanos. Entre 1930 e 1980 morreram 60 mil pessoas nesse lugar. Muitas eram mulheres, falsamente diagnosticadas, dadas como loucas por desafiarem as normas sociais dos regimes opressores onde viviam. EU QUERIA SER TUDO resgata essas histórias através de depoimentos de várias pessoas que sobreviveram a essa desumanização e confronta-nos com resquícios de um tempo não muito longínquo. Este filme estabelece um paralelismo entre o passado e o presente. Pretende trazer a dimensão real do custo humano, para que a história não se repita, mas também mostrar o trabalho que está a ser realizado atualmente para a ressignificação de “vozes” que por décadas foram silenciadas e esquecidas. EU QUERIA SER TUDO é também um documento de esperança!
Realização: Luísa Pinto
Direção de fotografia/câmara: Paulo Ares
Montagem/Edição: Ivo Reis e Vanessa Fernandes
Música: Carlos Azevedo
Produção executiva: Joaquim Gama
Coprodução da Narrativensaio-AC com a Casa das Artes de Famalicão
Apoio – Centro de estudos Arnaldo Araújo/FCT