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Encontro ambiental foi um sucesso

11-10-2017
Mais de 35 associações ligadas à defesa do ambiente participaram, no fim-de-semana, no encontro "Ação Ecológica, Transição Sustentável e Regeneração", que decorreu na Casa do Território, em Vila Nova de Famalicão.
O evento teve como finalidade a partilha, a troca de experiências e de perspetivas das diversas coletividades ambientais, provenientes de todos os pontos do país e com trabalho realizado nesta área, de modo a conhecer-se, em profundidade e abrangência, a situação ecológica e ambiental do Noroeste de Portugal.
Apesar da maioria das aderências serem do Norte de Portugal, participaram também outras associações de âmbito nacional, como a Acréscimo, AMO Portugal- Associação Mãos à Obra, LPN - Liga para a Proteção da Natureza, Quercus e Zero.
As Associações organizadoras, Associação Famalicão em Transição e Campo Aberto - associação de defesa do ambiente concluíram que este evento excedeu, em larga escala, os resultados previstos. "Este encontro foi um sucesso e superou todas as expectativas", afirmou Manuela Araújo, da Associação Famalicão em Transição. A participação revelou-se elevada e "ultrapassou as fronteiras do "Norte", trazendo a Famalicão várias associações de âmbito nacional, ligadas à proteção do ambiente. A tudo isto acresce a forte motivação de todos os participantes", acrescentou.
De acordo com José Carlos Marques, da Campo Aberto - associação de defesa do ambiente, "via-se que os participantes estavam ansiosos por falar. A vontade de comunicar era muita. Sentia-se, por vezes, que havia algum espanto por uma presença tão forte e diversificada, que muitos até então desconheceriam". Este sentimento foi unânime entre as diversas coletividades ambientais presentes no evento.
Deste evento ficou a vontade generalizada de uma ação conjunta e coordenada pela proteção dos rios, o foco no envolvimento da população e das instituições locais, assim como o debate sobre todas as questões relacionadas com os incêndios florestais, numa perspetiva de prevenção, através da defesa e promoção da floresta autóctone, da forte redução de monoculturas de eucalipto e do reforço da vigilância florestal.
Como novidade, salienta-se a questão do papel ambíguo e perigoso que poderão vir a ter centrais de biomassa de resíduos florestais, visto a capacidade a instalar poder superar o volume de resíduos que podem ser produzidos se não houver incêndios.
Pretende-se, no futuro, que estes encontros sejam periódicos, podendo-se avançar para "eventos bienais, a realizar em locais diferentes e organizados por outras associações", como salientou Manuela Araújo.
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