Famalicense António Gonçalves expõe no CCB
10-04-2017
Esta obra de António Gonçalves segue a linha do seu trabalho sobre o estudo e prática da pintura, tendo em conta a leitura das “Tentações de Santo Antão”, de Gustave Flaubert, entre outros trabalhos que "foram formando uma base de estudo do erótico, do religioso, do pensamento estético e filosófico, onde o corpo e a sua sexualidade têm uma forte presença", segundo um texto do artista.
António Gonçalves refere ainda que, durante a criação do políptico, sentiu a necessidade de um espaço autónomo para o apresentar, construído especialmente para a obra.
Neste sentido, desafiou a arquiteta a projetar um edifício que albergasse a pintura, "que fosse um espaço consagrado à [sua] contemplação, permitindo uma experiência de observação de fruição, onde o público entre sem qualquer inibição, podendo vivenciar uma experiência contemplativa e de introspeção".
Também foi lançado o convite ao compositor António Celso Ribeiro para criar três momentos musicais para serem interpretadas no espaço do edifício durante a exposição do políptico, "possibilitando uma experiência singular na visualização das três posições que toma o políptico na sua visualização", explica o artista.
António Gonçalves nasceu em 1975, em Vila Nova de Famalicão, e frequentou a Escola Soares dos Reis, no Porto, o Curso de Artes Plásticas – Pintura da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e a Faculdade de Belas Artes de Cuenca-Espanha.