Agenda Municipal / Conferências O Movimento Revolucionário Republicano-Radical do Capitão Lima Dias (27 de Abril de 1913)
Sex 25 Fev
Programa Museu Bernardino Machado
Ciclo de Conferências 2022: O movimento revolucionário republicano-radical do capitão Lima Dias (27 de abril de 1913)
Museu Bernardino Machado - 19h00
Conferencista: Norberto Ferreira da Cunha | Consultar programa completo em: www.bernardinomachado.org
Elegeu-se como tema privilegiado do Ciclo de conferências para o ano de 2022, a problemática Conspirações, revoltas e revoluções na I República (1910-1926). A eleição desta temática deve-se a circunstâncias fáceis de reconhecer: um mundo contemporâneo onde a violência armada tem sido uma constante nas “nações” e onde não cessam de ser notícia revoluções, revoltas e conspirações que nelas surgem. É verdade que estas modalidades de violência não se confundem com as que ocorreram no século XIX e XX.
Aquelas pautavam-se, ainda, por regras de confronto, mais ou menos consensualmente, convencionais e tinham um âmbito limitado; as revoltas, revoluções e conspirações atuais, na sua expressão fáctica, são cada vez menos antropomórficas (“invisíveis”), cada vez mais heteronómicas (mais interesses e menos ideias) e cada vez mais indeterminadas nos seus efeitos (efeito “puzzle”). É verdade que poder-se-á dizer que estas modalidades de violência armada estão, nestes dois séculos, associadas, à existência do Estado-nação (mas também não deixa de ser verdade que já existiam antes deste).
Mas não há dúvida que o nacionalismo as excitou e exacerbou. O que realmente nos importa com esta temática é: em 1º lugar, procurar compreender porque é que os adversários políticos recorrem à violência armada e não à negociação e ao gradualismo politico para solucionar os seus conflitos; em 2º lugar, que conexões podem estabelecer-se entre esses conflitos e as ideias de Estado-nação e de nacionalismo; em 3º lugar, perceber se esses confrontos são uma expressão da evolução social (e, nessa medida, inevitáveis) ou expressão de vontades livres, mais ou menos individuais (e, nessa medida, confrontos evitáveis); em 4º lugar, que motivações--e de que natureza--estiveram na origem das principais revoltas, revoluções e conspirações que ocorreram entre nós, de 1910 a 1926.
Finalmente, sublinhe-se que esta temática tem muito a ver com o patrono do Museu. Bernardino Machado não só foi vítima de algumas dessas revoltas e revoluções (como a de Mafra, em 1914; a de Sidónio Pais em 1918; a de Maio de 1921; e a do 28 de Maio de 1926) como discorreu e se pronunciou, amplamente, sobre elas, inclusive, no plano doutrinal.
Ciclo de Conferências 2022: O movimento revolucionário republicano-radical do capitão Lima Dias (27 de abril de 1913)
Museu Bernardino Machado - 19h00
Conferencista: Norberto Ferreira da Cunha | Consultar programa completo em: www.bernardinomachado.org
Elegeu-se como tema privilegiado do Ciclo de conferências para o ano de 2022, a problemática Conspirações, revoltas e revoluções na I República (1910-1926). A eleição desta temática deve-se a circunstâncias fáceis de reconhecer: um mundo contemporâneo onde a violência armada tem sido uma constante nas “nações” e onde não cessam de ser notícia revoluções, revoltas e conspirações que nelas surgem. É verdade que estas modalidades de violência não se confundem com as que ocorreram no século XIX e XX.
Aquelas pautavam-se, ainda, por regras de confronto, mais ou menos consensualmente, convencionais e tinham um âmbito limitado; as revoltas, revoluções e conspirações atuais, na sua expressão fáctica, são cada vez menos antropomórficas (“invisíveis”), cada vez mais heteronómicas (mais interesses e menos ideias) e cada vez mais indeterminadas nos seus efeitos (efeito “puzzle”). É verdade que poder-se-á dizer que estas modalidades de violência armada estão, nestes dois séculos, associadas, à existência do Estado-nação (mas também não deixa de ser verdade que já existiam antes deste).
Mas não há dúvida que o nacionalismo as excitou e exacerbou. O que realmente nos importa com esta temática é: em 1º lugar, procurar compreender porque é que os adversários políticos recorrem à violência armada e não à negociação e ao gradualismo politico para solucionar os seus conflitos; em 2º lugar, que conexões podem estabelecer-se entre esses conflitos e as ideias de Estado-nação e de nacionalismo; em 3º lugar, perceber se esses confrontos são uma expressão da evolução social (e, nessa medida, inevitáveis) ou expressão de vontades livres, mais ou menos individuais (e, nessa medida, confrontos evitáveis); em 4º lugar, que motivações--e de que natureza--estiveram na origem das principais revoltas, revoluções e conspirações que ocorreram entre nós, de 1910 a 1926.
Finalmente, sublinhe-se que esta temática tem muito a ver com o patrono do Museu. Bernardino Machado não só foi vítima de algumas dessas revoltas e revoluções (como a de Mafra, em 1914; a de Sidónio Pais em 1918; a de Maio de 1921; e a do 28 de Maio de 1926) como discorreu e se pronunciou, amplamente, sobre elas, inclusive, no plano doutrinal.
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