Em Vila Nova de Famalicão, também o cuidador informal é uma preocupação para o Centro Social e Paroquial de Requião, que através do projeto “Cuidar Maior” apoia aqueles que prestam cuidados regulares ou permanentes a pessoas que se encontram em situação de dependência.
O projeto, que surgiu em 2020 para atuar na prevenção e intervenção precoce no combate ao burnout dos cuidadores informais, já chegou a cerca de 500 pessoas. Para o Presidente da Câmara Municipal de Famalicão, esta iniciativa “deveria evoluir no concelho e ser replicada em todo o país”.
“O cuidador informal é uma figura central e essencial dentro das famílias compostas por pessoas que se encontram em situações de dependência. É alguém que se dedica muito às necessidades do outro, mas é também um cidadão ou uma cidadã que deve ser devidamente apoiado e apoiada”, disse Mário Passos durante o encontro “A (In)visibilidade de Cuidar”, na última sexta-feira. O autarca acrescentou ainda que “esta é uma preocupação e uma área de intervenção que gostaria de ver trabalhada pelas várias instituições famalicenses”.
Mário Passos convidou, por isso, as restantes instituições sociais do concelho a “replicar o exemplo do Centro Social e Paroquial de Requião”, através do CLAS – Conselho Local de Ação Social. O Centro Social e Paroquial de Requião ajuda os cuidadores informais ao nível da saúde, e de procedimentos administrativos, como também cede ainda formação.
O encontro “A (In)visibilidade de Cuidar”, organizado no âmbito das comemorações do Mês do Cuidador Informal, contou ainda com a presença da secretária de Estado da Ação Social e Inclusão, Clara Marques Mendes. A governante destacou o acesso ao estatuto de cuidador informal por parte de pessoas não familiares do doente, aprovado recentemente, e lembrou ainda a vontade do Governo português de efetivar o descanso do cuidador.