Agenda Municipal / Exposições Superfícies de Pedro Chorão
Galeria Municipal Ala da Frente
Entrada gratuita | Horário: Terça a sexta: das 10h00 às 17h30; Sábado e domingo: 14h30 às 17h30
Percorrer o mundo de forma atenta devolve uma plenitude de sensações, tornando-nos singulares pelas apreensões feitas e experiências vividas. Dar a ver estas particularidades que são atingidas pelo olhar sensível é uma manifestação que decorre daqueles que se dedicam aos labores da criação artística e que por via desta nos concedem acesso a espaços e sensibilidades únicas.
Pedro Chorão, tem desenvolvido um percurso de trabalho amplo e feito de uma sensibilidade muito apurada que resulta em obras portadoras de um sentido estético cuidado e de aprimorada sabedoria.
A exposição que se dá a ver na Ala da Frente resulta de uma seleção de trabalhos de fotografia realizados ao abrigo de uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian nos anos 1987/88/89, na Região do Alentejo. Obras que resultam de um percurso muito minucioso e atento onde cada detalhe, cada fragmento, cada pormenor de luz, cada textura se tornou propósito de atenção e resultou numa fotografia. Estas imagens detêm uma composição lúcida e uma perceção diferenciada. São tomados fragmentos que se autonomizam e nos elucidam as formas simples, nas suas cores e texturas.
A pintura mostra a sensibilidade e estimula a contemplação, somos levados a demorar o olhar nas superfícies, onde o sentido de espaço se projeta para além do entendimento, para além da compreensão. As superfícies suspendem-nos num testemunho do mistério. António Gonçalves
Nota Biográfica:
Nasceu em Coimbra, Portugal, em 1945.
Seu primeiro interesse foi biologia e estudou em Liverpool, no North-East Liverpool Technical College, de 1963 a 1967. Foi lá que se inspirou para começar a pintar, admirando os artistas pop britânicos da época que estavam pendurados nas paredes do público. biblioteca que frequentava diariamente.
Mudou-se então para Paris e estudou história da arte e arqueologia na École du Louvre e na École Pratique des Hautes Études (Sorbonne) e nesta altura começou a pintar a sério.
De 1968 a 1972 cumpriu 4 anos de serviço militar obrigatório; 2 anos em Portugal e 2 anos nas ilhas de Cabo Verde.
De regresso de África concluiu o Mestrado em Pintura na Universidade de Lisboa (Faculdade de Letras).
Regressou então a Paris com uma bolsa atribuída pela Fundação Gulbenkian (Pintura) de 1976 a 1978. Posteriormente foi-lhe atribuída uma nova bolsa da mesma fundação para pintar em Lisboa de 1987 a 1989.
Destacam-se os seguintes prémios:
AICA (Association Internationalle des Critiques d'Art) dos críticos de arte Dore Ashton, René Berger e Sílvia Chicó.
III Exposição de Belas Artes, Fundação Gulbenkian, 1987
Bicentenário do Ministério das Finanças, 1988
Bienal de Lagos, 1990
As sua obras públicas:
Tapeçaria (12 metros quadrados) para o Banco CGD.
Mural em azulejos (220 metros quadrados) na cidade da Covilhã, (Portugal), 2004
A obra de Pedro Chorão está atualmente representada nas principais coleções e museus nacionais de Lisboa e do Porto.
No âmbito da ilustração:
Capas de vários livros de poesia e de "Pour un Morale de L'Ambiguité", Simone de Beauvoir, Éditions Gallimard, Paris.
Realizadas mais de 150 exposições (de 1972 a 2009) em Portugal, Caracas (Venezuela), Paris, Lund/Suécia (Museu de Arte Moderna), Belgrado, Lyon, Açores, Madrid, Niterói (Brasil) e Tóquio (Museu de Arte Moderna).